Tá certo, molecada, essa minha lista não é nenhuma novidade para quem me conhece. Acho que para que gosta de cinema também não vai sair nada novo aqui. Nem acho que eu vou surpreender ninguém.
(Será? Será?)
A verdade é que me lembrei de postar isso hoje por conta de uma situação engraçada que passei há algum tempo atrás, quando postei em uma área de comentários de cinema do jornal O Globo, que achei Anaconda a maior tranqueira já escrita/produzida/representada/exibida. Bom, um caro leitor d'O Globo me enxovalhou. Não sei porquê lembrei disso, mas... Segurem a peteca e sintam-se à vontade para reclamar, concordar, adicionar suas sugestões. Vamos nessa:
Anaconda (1997): esse é um clássico dos filmes péssimos. Um roteiro imbecil - quem é que não percebe que o sr. Paul Sarone, "vivido" por
Jon Voight, tá armando alguma? Atores sofríveis. Já que
Jennifer Lopez (ainda com nariz de batata) e
Ice Cube não seguram nem velório como carpideiras... O melhor ator do filme,
Eric Stoltz, teve uma performance excepcional: dormiu o filme todo com o um besouro que o mordeu na garganta,
por dentro! Os defeitos especiais são de terceira categoria: quem é que não veria uma cobra de um metro de diâmetro que se arrasta "silenciosamente" pela floresta Amazônica? E ainda tem a anaconda acendendo por dentro enquanto come o Paul Sarone e a piscadinha do próprio ao ser regurgitado pela simpática cobra do título. E pensar que isso ainda ganhou uma continuação...
A Reconquista (2000): baseado na primeira parte do livro Campo de Batalha Terra, de L. Ron Hubbard, autor de ficção e fundador da Cientologia, da qual faz parte o "astro" deste filme "monstruoso",
John Travolta, conseguiu arrancar gargalhadas histéricas deste que vos escreve, sem dó nem piedade. Resumo da estória: aliens maus invadem a Terra e a dominam, homens bons viram selvagens escravos, homens bons descobrem arsenal americano com 1000 anos de idade, todos os equipamentos funcionam e todos aprendem a montar bombas e pilotar caças com os manuais, os homens bons atacam os aliens maus e destroem parte do planeta dos aliens. Sem contar que John Travolta tentou fazer este filme durante tanto tempo, que quando ele conseguiu já não tinha mais idade para representar o herói e pegou o papel do chefe dos aliens (os Psylos). Imagine agora o seguinte: o herói chama-se Jonnie Goodboy Tyler e é representado por
Barry Pepper (famoso quem?) e que os dois vilões aliens Terl (Travolta) e Ker (
Forest Whitaker) andam com uns dreadlocks estilosos, roupas de couro e botas de plataforma com meio metro de altura, isso mesmo: os Psylos têm 3 metros de altura. O roteiro? Esqueça. É um clássico do lixão. Custou US$ 73.000.000,00 e rendeu US$ 21.400.000,00 (e pensar que EU contribui para isso...) Bom, Travolta até que tentou, mas ninguém, ninguém mesmo bancou a continuação dessa tralha.
Piranhas 2 (1981): bzzzzzzz! bzzzzzzz! bzzzzzz! Agora feche os olhos e imagine uma piranha voando atrás de você em seu barco, num resort no Caribe. Percebeu as enormes possibilidades cinematográficas desta idéia?
James Cameron (esse mesmo, d'O Exterminador do Futuro, de Titanic) percebeu e dirigiu esta droga. Horrível, horrível, horrível e eu ainda tive que esperar passar na Sessão Coruja, séculos atrás!
Na companhia do Medo (2003): Minha noiva não gosta de filmes de terror, logo só os vejo no DVD. Confesso que entrei na fila para pegar esse aqui. Dirigido por
Mathieu Kassovitz, que também dirigiu
Rios Vermelhos e é estrelado por
Halle Berry,
Robert Downey Jr e
Charles S. Dutton e contando ainda com
Penélope Cruz, me deixou na maior expectativa. Bom, molecada, é uma droga. Não dá nem para rir, como no caso dos três anteriores. É algo como
Sexto Sentido encontra
13 Fantasmas vendo um filme Super
8mm. Argh! Não vai nessa não que é esparro!
Dança com Lobos (1990): Esse sempre me pareceu que o tenente John Dunbar toma um murro de Pássaro Chutante (nem reclamem, a tradução literal é essa) na primavera e acorda no inverno seguinte tendo caso meio esquisito com uns lobos. Na minha terra, isso é chamado de Zoofilia. Antes que alguém pergunte, eu não gosto dos filmes do senhor Costner, à exceção d'
O Mistério da Libélula. Já tentei assistir várias vezes e dormi em todas elas. Já desisti. Porque será que o
Kevin Costner não desiste?
Solaris (2002): Li o livro quando era adolescente e quando soube que
Steven Soderbergh iria filmá-lo fiquei animado, afinal a estória tem um fundo psicológico muito forte e a surpresa final é chocante. Bom, depois de ver o
George Clooney se bater na nave inteira e mandar a mulher para o espaço, literalmente, uma meia-dúzia de vezes, comecei a querer dormir no cinema. O final é horrível, a estória, que se passa na órbita de um planeta desconhecido, onde acontecem as coisas mais esquisitas, foi mutilada e o grande lance do planeta (que eu não vou contar aqui) passa meio despercebido. Ah! Descobri, no IMDB, que o filme "só" tem 99 minutos. Nas minhas contas, durava umas três horas. Dizem que a tortura distorce a noção de tempo do indivíduo...
Bom, molecada, para fechar minha lista de Piores do Mundo, vem o filme, o mito, a cópia, a desgraceira total em forma de cinema, mais uma pérola do sr. Kevin Costner:
Mad Max, o bacalhau (também conhecido como Waterworld, de 1995): Se eu encontrasse o Mariner, ia ajudar a procurar a Terra Seca só para ver se tinha uma árvore para enforcá-lo. Caro, mal-escrito, mal-dirigido e longo, muito longo. Para mim é uma cópia sem-vergonha de Mad Max (que já não é grande coisa). O que tem bom nesse filme? Duas coisas: a
Jeanne Tripplehorn num
visual selvagem e descabelado que é nota 10 e aquelas duas palavras mágicas:
The End.